Por Isac Silva
O Cavalo Brasileiro de Hipismo é uma raça desenvolvida no Brasil, ao longo dos últimos 50 anos. Ele é produto de cruzamentos de cerca de 20 raças diferentes, mas com maiores contribuições das raças Puro Sangue Inglês (15%), Hanoverana (8,1%), Westfalen (5,2%), Holsteiner (4,8%) e Trakehner (4,1%). É importante destacar que todas estas raças possuem em sua formação o Puro Sangue Inglês.

Com tantas raças sendo cruzadas com animais sem genealogia conhecida e com os já considerados brasileiros de hipismo (BH), esta raça apresenta coeficiente de endogamia próximo a zero. Isso demonstra uma população com alta diversidade. Além disso, apenas a partir de 1988 houve maior uso de garanhões BH para a reprodução. Ainda assim, é bastante comum a importação de sêmen de raças europeias para a reprodução no Brasil.
O crescimento da raça também permitiu o aumento do número de éguas BH sendo usadas na reprodução, a partir de 1989. Com isso, o uso de éguas base (com e sem origem conhecida) e de éguas Puro Sangue Inglês, diminuiu. A raça BH ainda pode ser considerada uma raça em processo de formação e de fixação das suas características.
A Associação Brasileira de Criadores do Cavalo de Hipismo (ABCCH) foi criada em 1997, em São Paulo. É ela a responsável pela avaliação e pelo registro dos animais. Os animais da raça já participaram de diversas competições internacionais sul-americanas, pan-americanas e até mesmo em olimpíadas.

São animais utilizados em esportes de salto e em concurso completo de equitação. São cavalos de porte elevado (entre 1,65 e 1,68m na cernelha) e elegantes. É um animal criado por pessoas de classe alta, que investem sem esperar rentabilidade, mas esperando também um retorno não financeiro. O custo médio mensal para a manutenção de animais desta raça foi estimado, no ano de 2018, em R$ 2.587,80. Por isso, são muitas vezes tratados como animais de estimação, com os quais os proprietários se importam menos com os custos de manutenção, desde que os animais estejam bem cuidados, em boas instalações e recebendo alimentação de alta qualidade.

Os cavalos da raça BH podem ter todas as pelagens. Porém, as mais comuns são a alazã, castanha, preta e tordilha. Essas cores predominantes refletem também a influência do Puro Sangue Inglês, tanto diretamente, quanto através das demais raças europeias que estão ajudando a formar o cavalo brasileiro de hipismo.
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