Os brasileiros estão descobrindo a carne de porco como uma opção mais barata e saudável
Por Isac Silva

O porco mais caro do mundo foi um exemplar da raça Yorkshire. Esse animal foi vendido em um leilão nos Estados Unidos, por 270 mil dólares (algo em torno de R$ 1.485.000,00). Porém, no Brasil, não é preciso pagar tão caro para ter um bom pedaço de carne suína na mesa.
O consumo de carne suína cresceu
O consumo de carne suína no Brasil aumentou. Entre os anos de 2015 e 2025 cresceu 33%. Esse crescimento significa que, hoje em dia, um brasileiro consome 19,3 kg de carne suína por ano. Nesse mesmo período houve uma pequena queda no consumo de carnes bovina e de frango. Porém, o frango continua sendo a proteína animal mais consumida no Brasil (43,9 kg/pessoa/ano), seguida da carne bovina (29,7 kg/pessoa/ano).
O Brasil está conseguindo crescer como exportador de carne suína, especialmente para a China. Contudo, os produtores estão conseguindo atender também a demanda crescente dos brasileiros por mais carne de porco, mantendo bons preços para os consumidores.
Bom momento para os produtores
Esse bom momento de aumento das vendas, tanto para outros países, quanto dentro do Brasil, animou os produtores. O estado de Santa Catarina é o maior produtor de carne de porco do Brasil. Lá os produtores estão recebendo em torno de R$ 7,65 por quilo vivo do animal.
Depois de alguns anos de dificuldades, o ano de 2025 está permitindo que os produtores quitem as suas dívidas e façam novos investimentos. É interessante notar que os investimentos estão sendo direcionados não apenas para aumentar a capacidade produtiva. Eles também estão direcionados à melhoria para o bem estar dos animais nas granjas.
Bem estar animal
Algumas iniciativas estão testando a criação de porcos ao ar livre. Atento a esse nicho, o governo do Paraná, por meio da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) publicou algumas normas para as criações de suínos ao ar livre. Essa iniciativa pode influenciar outras agências agropecuárias de estados produtores.
Com esse tipo de normatização técnica, os produtores que seguirem a diretriz, poderão comercializar legalmente seus produtos, tanto no mercado interno, quanto no exterior. Esse tipo de medida, valoriza especialmente os pequenos produtores, os criadores tradicionais e os que apostam em modelos mais voltados à sustentabilidade, como as criações em agroflorestas.
Conclusão
O mercado consumidor brasileiro está mais aquecido e demandando mais carne suína. Do mesmo modo, o Brasil está conseguindo vencer barreiras e exportar a carne suína para outros países. Nesse bom momento o brasileiro está descobrindo a carne de porco como uma opção saudável e mais barata de proteína animal. Para os produtores, isso significou a recuperação, após anos de dificuldades. Agora, estão quitando as suas dívidas e fazendo novos investimentos. Os criadores estão ampliando sua produção e melhorando as condições de bem estar animal.

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